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Diabetes no idoso: atenção redobrada ao risco de hipoglicemia

  • Foto do escritor: Lucas Ocko Cabral
    Lucas Ocko Cabral
  • 29 de jun.
  • 2 min de leitura


O controle do diabetes é fundamental em qualquer idade. Mas quando falamos de pacientes idosos, é preciso um olhar mais cuidadoso — especialmente em relação ao risco de hipoglicemia, que pode trazer consequências sérias nessa faixa etária.


A hipoglicemia ocorre quando os níveis de glicose no sangue ficam abaixo de 70 mg/dL, e os sintomas podem variar de leves a graves. Em idosos, a percepção desses sintomas costuma ser mais sutil, o que aumenta o risco de complicações.


Por que a hipoglicemia é mais perigosa no idoso?

Com o avanço da idade, o organismo se torna menos sensível aos sinais da queda de glicose. Além disso, muitos idosos convivem com outros problemas de saúde, como:

  • Pressão alta

  • Insuficiência renal

  • Problemas cardiovasculares

  • Déficits cognitivos ou de memória

  • Uso de múltiplas medicações (polifarmácia)


Tudo isso torna o equilíbrio do tratamento mais delicado.


Sinais de hipoglicemia no idoso

Os sintomas nem sempre são clássicos. Muitos pacientes não apresentam tremores, suor ou fome intensa. Em vez disso, os sinais podem ser:

  • Confusão mental ou desorientação

  • Fraqueza súbita

  • Queda de rendimento físico

  • Sonolência excessiva

  • Mudança no comportamento ou irritabilidade

  • Quedas e tonturas


Infelizmente, quedas por hipoglicemia são uma das causas mais comuns de fraturas e internações em idosos com diabetes.


O que aumenta o risco?

  • Uso de insulina ou sulfonilureias (como glicazida, glibenclamida)

  • Alimentação irregular ou com longos intervalos

  • Exercícios sem ajuste da dose de insulina

  • Consumo de álcool

  • Doenças interocorrentes (febres, infecções, etc.)


Como prevenir?

Individualizar metas glicêmicas: em idosos, o objetivo é evitar hipoglicemias, mesmo que os níveis de glicose fiquem um pouco acima do ideal. O importante é segurança e qualidade de vida.

Ajustar medicamentos com cautela, especialmente insulina e hipoglicemiantes orais.

Orientar bem a alimentação, com intervalos regulares e composição balanceada.

Educar o paciente e a família para reconhecer e agir diante dos sintomas.

Acompanhar com endocrinologista, que poderá definir metas mais seguras de HbA1c (geralmente entre 7,5% e 8,5% em idosos frágeis).


Conclusão

O cuidado com o diabetes no idoso deve ser gentil, atento e sem excessos. O foco deve estar no bem-estar, na prevenção de complicações e na evitação da hipoglicemia, que pode trazer mais riscos do que benefícios quando o tratamento é muito rigoroso.


👨‍⚕️ Se você ou um familiar idoso tem diabetes, agende uma consulta para reavaliar o tratamento. Pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença na segurança e qualidade de vida.

 
 
 

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