Reposição de Testosterona em Homens: riscos, benefícios e quando considerar
- Lucas Ocko Cabral
- 27 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de jul.
A testosterona é o principal hormônio masculino, responsável por uma série de funções fundamentais no organismo: desejo sexual, produção de espermatozoides, força muscular, disposição e até o bom funcionamento do coração e do metabolismo. O homem pode manter a fertilidade e produção de testosterona por toda a vida, porem após os 60 anos até 1/4 dos homens vão ter niveis baixos de testosterona associados a sintomas clinicos. E por causa do sedentarismo, obesidade, distúrbios do sono, alcool, medicações, muitos pacientes mais jovens vem apresentando esse quadro.
A reposição hormonal com testosterona pode ser uma solução eficaz, mas deve ser criteriosamente indicada e acompanhada por um médico.
Quando a reposição de testosterona pode ser indicada?
A terapia de reposição hormonal (TRT) é considerada em casos de hipogonadismo masculino, condição em que o organismo não produz testosterona suficiente. Os sintomas mais comuns são:
Queda da libido e disfunção erétil
Fadiga constante
Redução da massa muscular e da força
Aumento da gordura abdominal
Irritabilidade, desânimo e alterações do sono
Dificuldade de concentração e memória
É essencial confirmar o diagnóstico com exames laboratoriais, realizados em jejum e pela manhã, além de avaliação clínica detalhada, pois uma boa parte dos casos testosterona baixa são por causas tratáveis.
Benefícios potenciais da reposição de testosterona
✔️ Melhora da libido e função sexual
✔️ Aumento da massa magra e força muscular
✔️ Redução da gordura visceral (principalmente abdominal)
✔️ Melhora do humor, da disposição e do sono
✔️ Potencial benefício na densidade óssea
✔️ Melhora da sensibilidade à insulina e do perfil metabólico (em alguns casos)
Esses efeitos positivos são mais evidentes quando a reposição é feita com acompanhamento, dentro de parâmetros seguros, e aliada a mudanças no estilo de vida.
Possíveis riscos e efeitos colaterais
Apesar dos benefícios, a reposição de testosterona não é isenta de riscos. Entre os principais:
⚠️ Supressão da produção natural de testosterona e infertilidade – especialmente em homens mais jovens.
⚠️ Aumento da viscosidade do sangue (policitemia ou eritrocitose) – pode elevar o risco cardiovascular.
⚠️ Agravamento de apneia do sono preexistente
⚠️ Ginecomastia (crescimento de mamas) em alguns casos
⚠️ Interferência em doenças da próstata – embora não haja comprovação de que a TRT cause câncer de próstata, o acompanhamento urológico é fundamental.
Por isso, a reposição nunca deve ser feita de forma empírica ou “para ganhar músculos” sem indicação médica. O uso sem controle pode trazer mais prejuízos que benefícios.
Como é feita a reposição?
Existem diferentes formas de administração, e a escolha depende do perfil do paciente:
Injetável (de curta ou longa duração)
Gel transdérmico
Implantes subcutâneos (controverso)
Cada opção tem vantagens e desvantagens, que devem ser discutidas individualmente.
Conclusão
A reposição de testosterona pode ser uma aliada importante na saúde do homem moderno — mas precisa ser feita com base em evidência, ética e acompanhamento profissional. Avaliar riscos, benefícios e individualizar a conduta são passos fundamentais para garantir segurança e resultados reais.
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